22. O VELHO DA POÇÃO
CAPÍTULO VINTE E DOIS
❛ o velho da poção ❜
O TRIO ENTÃO começou a andar pela Rua dos Alfeneiros juntos. Deanna não sabia por que um silêncio constrangedor se instalou entre eles. Ela levantou uma sobrancelha para Harry que estava apenas olhando para ela com um sorriso constrangedor.
— Mantenha suas varinhas prontas, vocês dois. — Dumbledore disse alegremente.
— Mas eu pensei que não podíamos usar magia fora da escola, senhor? — Harry perguntou confuso.
— Se houver um ataque... — disse Dumbledore. — Eu lhes dou permissão para usar qualquer contrafeitiço ou maldição que possa ocorrer a vocês. No entanto, não acho que vocês precisem se preocupar em serem atacados esta noite.
— Por que não, senhor?
— Vocês estão comigo. — disseram Dumbledore e Deanna em uníssono, fazendo Harry rir e os dois Dumbledores sorrirem um para o outro. Eles realmente tinham as mesmas mentes.
— Isso serve agora. — Dumbledore parou de repente no fim da Rua dos Alfeneiros. — Vocês dois não passaram, é claro, nos seus Testes de Aparatação.
— Não. — disse Harry. — Eu pensei que tivesse dezessete anos?
— Você tem. — disse Dumbledore. — Então Harry, por favor, segure meu braço esquerdo, se não se importar, bem firme - como você notou, meu braço de varinha está um pouco frágil no momento. E venha aqui, amor. — ele abriu seu braço direito e Deanna se aninhou no abraço de seu pai, deixando-o envolver um braço ao redor dela firmemente enquanto Harry segurava o braço esquerdo de Dumbledore.
— Muito bem. — disse Dumbledore. — Bem, aqui vamos nós.
E lá estava, a sensação familiar de Aparatação. Deanna já havia aparatado muitas vezes antes com Fawkes, Dumbledore e seu tio, então isso não foi uma surpresa para ela. Ela só esperava que Harry ficasse bem porque na primeira vez que aparatou, ela desmaiou.
Eles estavam então em uma vila deserta com um antigo memorial de guerra no centro e alguns galhos ao redor.
— Você está bem, Harry? — Deanna perguntou preocupada enquanto o segurava para ajudá-lo a ficar firme. — É compreensível, já que é sua primeira vez.
— Estou bem. — disse Harry, esfregando as orelhas. — Mas acho que prefiro vassouras... — Deanna riu e concordou com isso. Ela preferia voar com Fawkes.
Dumbledore sorriu, apertou um pouco mais sua capa de viagem em volta do pescoço e disse: — Por aqui. — eles então começaram a andar pela cidade. Parecia que eles passaram muito tempo com os Dursleys porque era quase meia-noite.
— Então me diga, Harry. — disse Dumbledore. — Sua cicatriz... Ela está doendo?
— Não. — disse Harry enquanto esfregava a testa. — E eu estava pensando sobre isso. Pensei que estaria queimando o tempo todo agora que Voldemort está ficando tão poderoso novamente.
— E você, amor? Algum sonho? — perguntou Dumbledore curiosamente. Deanna hesitou porque havia um sonho que ela teve durante o verão. Ela estava no Cabeça de Javali há uma semana quando sonhou com Voldemort que estava apenas olhando para o espaço. Ele parecia distraído, mas antes que Deanna pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, ela acordou. E ao olhar nos olhos de seu pai, ela sabia que ele tinha sua resposta.
— Não. — Deanna mentiu em vez disso e Dumbledore apenas assentiu e sorriu levemente, sabendo que sua filha lhe contaria sobre isso de qualquer maneira. — Ele provavelmente aprendeu com o ano anterior e fechou sua mente.
— De fato, pequena fênix. — Dumbledore sorriu orgulhosamente. — Parece que ele agora está empregando Oclumência contra vocês.
— Bem, não estou reclamando. — disse Harry. Eles viraram uma esquina, passando por uma cabine telefônica e um ponto de ônibus. — Professor?
— Harry?
— Er - onde exatamente estamos?"
— Esta, Harry, é a encantadora vila de Budleigh Babberton.
— E o que estamos fazendo aqui? — Deanna perguntou curiosamente.
— Ah sim, claro, eu não te contei. — disse Dumbledore. — Bem, eu perdi a conta do número de vezes que eu disse isso nos últimos anos, mas nós estamos, mais uma vez, com um membro da equipe a menos. Estamos aqui para persuadir um antigo colega meu a sair da aposentadoria e retornar a Hogwarts.
— Como podemos ajudar com isso, senhor?
— Oh, acho que encontraremos uma utilidade para vocês. — disse Dumbledore vagamente. — Por aqui, agora. — eles então prosseguiram pela rua estreita onde todas as janelas estavam escuras. Isso fez Deanna tremer e apertar sua varinha com força. De alguma forma, ela sentia falta de Hermione e do calor que ela trazia.
— Aqui está, amor. — Dumbledore acenou sua varinha e lançou um feitiço de aquecimento em Deanna e Harry.
— Obrigada, Pops. — Deanna segurou sua mão esquerda para aquecê-lo. Seu pai era um homem velho, então ela tinha que cuidar dele. Dumbledore sorriu suavemente para sua filha. Ele sabia que a pessoa que eles estavam prestes a conhecer adoraria vê-la.
— Obrigado. Professor, por que não poderíamos simplesmente aparatar diretamente na casa do seu antigo colega?
— Porque seria tão rude quanto chutar a porta da frente. — disse Dumbledore. — A cortesia determina que ofereçamos aos colegas bruxos a oportunidade de nos negar a entrada. Em todo caso, a maioria das habitações bruxas são magicamente protegidas de aparatadores indesejados. Em Hogwarts, por exemplo...
— Você não pode aparatar em lugar nenhum dentro dos prédios ou terrenos. — disse Harry rapidamente. — Hermione Granger me contou. — Harry e Dumbledore não deixaram de notar o leve rubor nas bochechas de Deanna à menção da bruxa.
— E ela está certa. Viramos à esquerda novamente. — e o relógio bateu meia-noite, e isso fez Deanna se perguntar mais sobre quem era esse velho colega. Ela o conhecia? Foi por isso que seu pai a trouxe?
— Pops, Fudge não é mais o Ministro... — Deanna começou em um tom cauteloso. Ela tinha ouvido sobre o desentendimento que ele teve com o novo Ministro e se perguntou se era verdade.
— Correto. — disse Dumbledore, agora subindo uma rua lateral íngreme. — Ele foi substituído, como tenho certeza de que você também viu, por Rufus Scrimgeour, que costumava ser o chefe do escritório dos aurores.
— Ele... Você acha que ele é bom? — perguntou Harry.
— Uma pergunta interessante. — disse Dumbledore. — Ele é capaz, certamente. Uma personalidade mais decisiva e forte do que Cornelius.
— Sim, mas eu quis dizer...
— Eu sei o que você quis dizer, Harry. Rufus é um homem de ação e, tendo lutado contra bruxos das trevas durante a maior parte de sua vida profissional, não subestima Lord Voldemort.
E Deanna se sentiu um pouco decepcionada por ele não ter dito nada sobre o desentendimento, mas ela não podia julgá-lo por guardar segredos quando ela também guardava os seus. Ela só queria que ele pudesse confiar nela o suficiente para se abrir com ela como ela sempre fazia com ele.
— E... Senhor... Eu vi sobre Madame Bones. — Harry mencionou enquanto olhava para Deanna que apenas soltou um suspiro. Ela imediatamente enviou uma carta para Susan após ouvir sobre o que aconteceu. Susan já tinha muitas pessoas, mas na última carta que ela enviou para Deanna, parecia que ela estava indo bem e tentando o seu melhor para se recompor.
— Sim. — disse Dumbledore calmamente. — Uma perda terrível. Ela era uma grande bruxa. Bem aqui em cima, eu acho - ai. — ele havia apontado com sua mão machucada.
Deanna franziu a testa diante disso. — Papai, sua...
— Não tenho tempo para explicar agora. — disse Dumbledore. — É uma história emocionante, desejo fazer justiça a ela. — ele sorriu para os dois adolescentes, que apenas assentiram em resposta. Dumbledore certamente lhes contaria sobre isso com o tempo.
— Senhor, recebi um folheto do Ministério da Magia de uma coruja, sobre medidas de segurança que todos devemos tomar contra os Comensais da Morte...
— Sim, eu mesmo recebi um. — disse Dumbledore, ainda sorrindo. — Você achou útil?
— Na verdade não. — Harry balançou a cabeça.
— Não, eu pensei que não. Você não me perguntou, por exemplo, qual é meu sabor favorito de geleia, para verificar se eu sou mesmo o Professor Dumbledore e não um impostor. E estou surpreso que você não tenha feito isso também, amor. Você não recebeu o folheto?
— Eu não... — Harry começou num tom nervoso.
Deanna revirou os olhos. — Eu recebi, mas sabia que era você, Pops. Quero dizer, você tinha Fawkes com você, e seu favorito é framboesa.
— Ah, você ainda me conhece bem, pequena fênix. — Dumbledore riu divertido. — Claro, se eu fosse um Comensal da Morte, eu teria pesquisado minhas próprias preferências de geleia antes de me passar por mim mesmo.
— Er... Certo. — disse Harry. — Bem, naquele folheto, dizia algo sobre Inferi. O que exatamente eles são? O folheto não era muito claro.
— Eles são cadáveres, Harry. — Deanna explicou a ele. — Eles são corpos mortos que bruxos das Trevas enfeitiçam para fazer suas próprias vontades.
— Inferi não são vistos há muito tempo, no entanto, não desde que Voldemort foi poderoso pela última vez... Ele matou pessoas o suficiente para fazer um exército deles, é claro. Este é o lugar, bem aqui...
Eles estavam se aproximando de uma pequena e elegante casa de pedra situada em seu próprio jardim e, assim que chegaram ao portão da frente, os olhos de Deanna se arregalaram.
— Oh céus. Oh céus, céus, céus. — Dumbledore disse em um tom grave. A porta da frente estava pendurada nas dobradiças. Dumbledore olhou ao redor e pegou sua varinha. — Varinhas para fora e sigam-me. — Deanna pegou sua própria varinha e ficou na retaguarda, olhando ao redor em busca de algum sinal de alguém.
— Lumus. — a ponta da varinha de Dumbledore acendeu, lançando sua luz por um corredor estreito. À esquerda, outra porta estava aberta. Segurando sua varinha iluminada no alto, Dumbledore entrou na sala de estar com Deanna e Harry atrás dele.
Foi um desastre completo. O relógio de pêndulo estava lascado. As teclas do piano estavam espalhadas pelo chão, e o lustre estava em ruínas. Dumbledore levantou a mão, e um líquido vermelho escuro estava manchando as paredes. Deanna sentiu a pequena inspiração de Harry e sabia que ambos estavam pensando a mesma coisa. Quem quer que fosse o colega de Dumbledore parecia ter tido uma noite difícil. Ela só esperava que essa pessoa estivesse bem.
— Não é bonito, é? — Dumbledore disse pesadamente. — Sim, algo horrível aconteceu aqui. — eles começaram a se mover e olhar ao redor. Era uma bagunça completa, mas não havia corpo algum. Quem morava aqui?
— Talvez tenha havido uma briga e... E eles o arrastaram para fora, Professor? — Harry sugeriu.
— Acho que não... — disse Dumbledore calmamente, espiando atrás de uma poltrona estofada caída de lado.
— Você quer dizer que ele é-?
— Ainda está aqui em algum lugar? Sim. — e sem aviso, Dumbledore mergulhou, mergulhando a ponta de sua varinha no assento da poltrona estofada, que gritou: — Ai!
— Boa noite, Horace. — disse Dumbledore, endireitando-se novamente.
Os olhos de Deanna se arregalaram porque a poltrona se transformou de volta em um homem que ela conheceu uma vez na vida. O professor que antes era jovem e inteligente agora era um homem gordo, careca e velho com um bigode enorme. Era Horace Slughorn, o antigo professor de Poções de Deanna.
— Não havia necessidade de enfiar a varinha com tanta força. — Slughorn disse rispidamente, levantando-se. — Doeu. O que me entregou?
— Meu caro Horace. — disse Dumbledore, parecendo divertido. — Se os Comensais da Morte realmente tivessem vindo visitá-lo, a Marca Negra teria sido colocada sobre a casa.
— A Marca Negra. — Slughorn murmurou. — Sabia que havia algo... Ah bem. Não teria tido tempo de qualquer forma, eu tinha acabado de dar os retoques finais no meu estofamento quando você entrou na sala.
— Você gostaria da minha ajuda para limpar? — perguntou Dumbledore educadamente.
— Por favor.
Deanna ficou congelada enquanto conversavam e limpavam. Parecia que seu antigo professor ainda não tinha notado que ela estava ali, mas ela estava muito sobrecarregada. Era outra pessoa em sua antiga vida que estava ali na frente dela. Harry a notou e a cutucou devido à preocupação. — Você está bem, Deanna?
— S-sim. — Deanna conseguiu falar. Seu olhar ainda estava preso em Slughorn. O professor era o mais próximo de quem ela estava além do Professor Merrythought e seu próprio pai, e vê-lo na frente dela fez Deanna pensar em sua antiga vida novamente. Seu coração estava doendo porque todos cresceram, exceto ela, e aqui estava Slughorn vivendo com medo devido aos Comensais da Morte.
— Oho! — Slughorn exclamou, tirando Deanna de seus pensamentos. Seu olhar caiu sobre Harry e voou para a cicatriz em forma de raio. Ele não conseguia ver Deanna porque ela estava atrás de Harry, que a cobria, já que ela era mais alta.
— Este... — disse Dumbledore, adiantando-se para fazer a apresentação. — É Harry Potter. Harry, este é um velho amigo e colega meu, Horace Slughorn.
Slughorn virou-se para Dumbledore, sua expressão astuta. — Então foi assim que você pensou que me persuadiria, não é? Bem, a resposta é não, Albus.
— Professor. — Deanna disse de repente, saindo de trás de Harry. Os olhos de Slughorn se arregalaram de surpresa. Ele tinha ouvido as notícias sobre o retorno de Deanna, mas nunca acreditou. Uma de suas alunas favoritas não desapareceria por cinquenta anos sem uma palavra e simplesmente retornaria. Mas aqui estava Deanna Dumbledore bem na frente dele.
— Deanna. — Slughorn disse e ele ficou surpreso porque Deanna correu para frente e jogou os braços ao redor dele enquanto piscava para conter as lágrimas. Os olhos de Slughorn suavizaram e ele abraçou a garota de volta. Era verdade. Ela estava de volta, e esperançosamente, dessa vez, ela ficaria.
— Você continua a mesma você. — Slughorn se afastou e sorriu para a garota. Ele tinha uma fraqueza por ela não importa o que acontecesse, e Dumbledore venceu essa, mas isso não significava que Slughorn tornaria isso tão fácil para eles.
— Temos que nos atualizar, Professor. — Deanna riu baixinho. — Vamos fazer isso quando você estiver em Hogwarts. — Slughorn revirou os olhos, sempre encantadora. Ela sabia exatamente o que dizer.
— Acho que podemos tomar uma bebida, pelo menos? — perguntou Dumbledore. — Pelo bem dos velhos tempos?
Slughorn hesitou, fazendo Deanna lhe dar olhos de cachorrinho. — Tudo bem então, uma bebida. — ele disse com um suspiro. Harry riu da alegre Deanna e eles se sentaram no sofá agora ereto. Deanna entendeu o que Dumbledore estava tentando fazer. Horace Slughorn era um homem que amava alunos famosos e talentosos, e é por isso que ele trouxe Deanna para seu Clube do Slug antes. E ela e Harry eram famosos, então ela sabia que não demoraria muito para que ele cedesse.
Slughorn voltou com os copos e colocou a bandeja na frente deles. — Aqui.
— Bem, como você está, Horace? — Dumbledore perguntou.
— Não muito bem. — disse Slughorn imediatamente. — Peito fraco. Chiado. Reumatismo também. Não consigo me mover como antes. Bem, isso é de se esperar. Velhice. Fadiga.
— E ainda assim você deve ter se movido bem rápido para preparar uma recepção dessas para nós em tão pouco tempo. — disse Dumbledore. — Você não pode ter tido mais de três minutos de aviso?
Slughorn disse, meio irritado, meio orgulhoso. — Dois. Não ouvi meu Feitiço de Intruso disparar, eu estava tomando banho. Ainda assim... — ele acrescentou severamente, parecendo se recompor. — O fato é que eu sou um velho, Albus. Um velho cansado que ganhou o direito a uma vida tranquila e alguns confortos.
— Você ainda tem nosso kit de Poções, senhor? — Deanna perguntou de repente, animada.
— Ah, sim. Eu nunca jogaria isso fora. Você gostaria de ver? — Slughorn riu alto quando Deanna assentiu animadamente. — É só subir as escadas. Agora, só o kit de poções, ok, Deanna?
— Eu não sou mais uma criança, Professor. — Deanna revirou os olhos quando ele apenas riu, mas ela se levantou de qualquer maneira e seus olhos brilharam ao ver o kit de Poções. Não era qualquer kit de Poções. Era o kit de Poções deles. Deanna, Aries, Dallas e Lorraine já tinham feito um kit de Poções com a ajuda de Slughorn. Eram apenas as poções básicas e algumas de suas próprias invenções. Uma que mudava a cor do cabelo, uma que fazia a barba crescer e muito mais. Ela prometeu dar a Fred e George algumas de suas antigas invenções.
— Eu nunca poderia jogar isso fora. — uma voz atrás dela a tirou de seus pensamentos. Lá estava Horace Slughorn com um sorriso de reminiscência. — Eu me lembro de vocês, Aries, Dallas e Lorraine, ficando acordados a noite toda nas masmorras fazendo explosões e perfeições absolutas de poções.
— Estou honestamente tocada. — Deanna disse suavemente enquanto olhava para as várias poções. Eles realmente trabalharam duro para isso, e isso a fez sentir falta dos amigos novamente. — Eu não pensei que veria você de novo, Professor.
— Fiquei arrasado quando soube que você estava desaparecida. — Slughorn sentou-se ao lado dela. — Uma das alunas mais gentis? Morta? Eu não conseguia acreditar. Mesmo quando disseram que você havia retornado, eu não acreditei. Era bom demais para ser verdade, mas você está aqui agora, Deanna. É isso que importa.
— Obrigada, Professor. — Deanna sorriu para ele e então sorriu. — Você sabe que poderíamos nos encontrar melhor se você viesse para Hogwarts.
Slughorn soltou um escárnio. — Que pena. Eu já tomei minha decisão.
— Eu sei que você fez. — Deanna fechou o kit de Poções. — Posso levar isso comigo?
— Era seu em primeiro lugar. — Slughorn se levantou e segurou o sorriso. Ele teria um bom ano em Hogwarts, especialmente com o retorno da Texuga Barulhenta.
Deanna apenas riu da resposta dele e estendeu a mão. — Vejo você no dia 1º de setembro, Professor.
— Estou ansioso por este ano, Demolidor. — os dois riram antes de descerem as escadas, onde Dumbledore e Harry estavam esperando.
— Ah, esses padrões de tricô são muito lindos, Horace. Deixe-me cuidar disso, Deanna. — Dumbledore sorriu levemente e fez o kit de Poções desaparecer. — Acho que é hora de irmos embora.
— Tudo bem, eu farei isso. — Slughorn disse de repente. Dumbledore sorriu largamente enquanto Harry parecia surpreso com a mudança repentina de ideia. Slughorn parecia inflexível em não ir para Hogwarts. — Eu vou querer um aumento de salário, Dumbledore!
— Maravilhoso. — disse Dumbledore com um sorriso. — Então, Horace, nos veremos no dia primeiro de setembro.
— Até mais, Professor. — Deanna acenou para ele e os três saíram da casa através da névoa escura e rodopiante, os resmungos de Slughorn desaparecendo lentamente.
— Muito bem, querido Harry. — disse Dumbledore.
— Eu não fiz nada. — disse Harry surpreso.
— Ah, sim, você fez. Você mostrou a Horace exatamente o quanto ele tem a ganhar retornando a Hogwarts. Você gostou dele?
— Er... — Harry olhou para Deanna pedindo ajuda.
Deanna segurou o bufo diante do quão estranho ele soou. — O Professor Slughorn gosta de colecionar alunos, Harry. Especialmente os famosos e talentosos.
— Ele nunca quis ocupar o trono; ele prefere o banco de trás - mais espaço para se espalhar, veja. — Dumbledore continuou. — Ele costumava escolher os favoritos em Hogwarts, às vezes por sua ambição ou inteligência, às vezes por seu charme ou talento, e ele tinha um talento extraordinário para escolher aqueles que se tornariam excelentes em seus vários campos.
— Horace formou uma espécie de clube de seus favoritos, com ele mesmo no centro, fazendo apresentações, estabelecendo contatos úteis entre os membros e sempre colhendo algum tipo de benefício em troca, fosse uma caixa grátis de seu abacaxi cristalizado favorito ou a chance de recomendar o próximo membro júnior do Escritório de Ligação dos Goblins.
— Agora, eu conto tudo isso a vocês. — Dumbledore continuou. — Não para colocá-los contra Horace - ou, como devemos chamá-lo agora, Professor Slughorn - mas para colocá-los em guarda. Ele, sem dúvida, tentará colecionar vocês dois. Vocês seriam as joias da coleção dele; Harry, 'o Menino Que Sobreviveu'... ou, como eles o chamam hoje em dia, 'o Escolhido'. E, claro, pequena fênix, você era um dos alunos favoritos dele antes. Ele certamente os aceitaria novamente.
Deanna assentiu silenciosamente. Ela se lembrou da profecia que seu pai lhe dissera. Suas escolhas decidiriam o que aconteceria com essa guerra. Ela se sentia sobrecarregada por isso, já que tinha que ser cautelosa com as escolhas que faria. Ela já sabia que faria de tudo para fazer seu lado vencer e derrotar Voldemort, mas isso não a deixou menos preocupada.
Dumbledore parou de andar. — Isso serve. Agora, Harry, se você segurar meu braço, e gentilmente agora, amor. — Deanna o abraçou forte e eles aparataram para algum lugar que Deanna não reconheceu.
— Esta é a Toca. Os Weasleys vivem aqui. — Harry explicou a ela. Deanna assentiu enquanto olhava ao redor com espanto. A Toca parecia uma casa simples, e combinava com os Weasleys, que eram uma grande família.
— Se não se importar, Harry. — disse Dumbledore, enquanto passavam pelo portão. — Gostaria de falar com você antes de nos separarmos. Em particular. Talvez aqui? — ele apontou para uma casinha de pedra. — Você nos daria alguns minutos a sós, amor? — Deanna assentiu e os observou entrarem no que parecia ser o galpão de vassouras. Ela se perguntou sobre o que eles estariam falando, mas sabia que ela e Dumbledore provavelmente falariam sobre isso mais tarde.
— Vamos agora, amor? — Dumbledore disse enquanto ele e Harry saíam do galpão. Deanna assentiu e eles começaram a ir em direção à porta dos fundos da Toca. Dumbledore bateu três vezes, e houve movimento atrás da janela da cozinha.
— Quem está aí? — Era Molly, falando em tom nervoso. — Apareça!
— Sou eu, Dumbledore, trazendo Harry e Deanna.
A porta se abriu imediatamente, e lá estava Molly Weasley com um sorriso no rosto. Ela abraçou Deanna e Harry rapidamente. — Harry, Deanna, queridos! Gracioso, Albus, você me deu um susto, você disse para não esperar vocês antes de manhã!
— Tivemos sorte. — disse Dumbledore, conduzindo os dois até a soleira. — Slughorn provou ser muito mais persuasível do que eu esperava. Obra de Deanna e Harry, é claro. Ah, olá, Nymphadora!
Deanna se virou e viu Tonks na mesa com uma caneca grande nas mãos. — Olá, Professor. Harry, Deanna. — ela sorriu levemente para eles, mas Deanna pôde ver imediatamente que o sorriso que ela tinha era forçado.
— Olá, Tonks. — Deanna e Harry disseram em uníssono.
— É melhor eu ir. — Tonks disse rapidamente, levantando-se e puxando sua capa sobre os ombros. — Obrigada pelo chá e pela simpatia, Molly.
— Por favor, não vá embora por minha causa. — disse Dumbledore educadamente. — Não posso ficar. Tenho assuntos urgentes para discutir com Rufus Scrimgeour.
— Não, não, eu preciso ir. — disse Tonks, sem encontrar os olhos de Dumbledore. — Boa...
— Querida, por que não vem jantar no fim de semana? Ria e Olho-Tonto estão vindo?
— Não, sério, Molly... Obrigada de qualquer forma... Boa noite a todos. — Tonks passou apressada por Deanna, Dumbledore e Harry para o pátio; alguns passos além da porta, ela se virou no local e desapareceu no ar. Deanna notou que Molly parecia preocupada.
— Bem, nos veremos em Hogwarts, Harry. — disse Dumbledore com uma reverência para Molly. — Cuide-se. Molly, até logo. Vamos lá, amor.
— Tome cuidado, Harry. — Deanna abraçou Harry com força e acenou para Molly. — Vejo você em breve, Molly. — ela e Dumbledore saíram da Toca e aparataram para fora da Toca assim que Deanna segurou a mão esquerda de Dumbledore. Eles apareceram bem do lado de fora do Cabeça de Javali.
— Agora, devo lhe dizer, pequena fênix. Estou tão orgulhoso de como você esteve neste último ano. — Dumbledore sorriu gentilmente para ela. — Depois de tudo o que aconteceu, você tem se saído tão bem.
— Obrigada, Pops. — Deanna sorriu com o elogio. — Foi porque eu tive você.
— E com isso, peço desculpas por estar ausente na maior parte do seu verão. Eu gostaria que você viesse ficar em Hogwarts na última semana de agosto, se estiver tudo bem para você?
— Claro, Pops. Eu senti falta de todo mundo. — Deanna sorriu suavemente ao pensar em seus amigos em Hogwarts. — O que você andou fazendo no mês passado, afinal?
— Essa é uma história para outra hora, amor. — Dumbledore disse vagamente, o que deixou Deanna ainda mais curiosa. — Agora, escute. Sobre sua profecia, amor. Só nós dois sabemos do que se trata essa profecia, então vamos manter assim. Você pode contar a Aberforth e Ariana sobre isso, mas só a eles. Você entendeu? Quanto menos pessoas souberem, melhor.
— Sim, Pops. Eu prometo. — Deanna levantou a mão para mostrar que não estava com os dedos cruzados.
— Além disso, gostaria que você tivesse aulas particulares comigo este ano com Harry.
— Aulas com você e Harry? Sobre o quê?
— Sim. Você vai descobrir quando os tivermos. — Dumbledore apenas riu quando sua filha fez beicinho. Ela não conseguiu evitar. Ela estava curiosa demais para seu próprio bem.
— Tudo bem. — Deanna apenas resmungou e cruzou os braços.
— Muito bem, querida. — Dumbledore acariciou o cabelo dela e riu. — Agora, vou deixar Fawkes ficar com você. Tome cuidado, querida. Afinal, ainda há muitos Comensais da Morte vagando por aí.
— Eu não vou me render a eles, Pops. Nem a eles nem a Voldemort. Estou lutando com tudo que tenho. — Deanna disse com um olhar determinado no rosto. — Eu lutei contra eles uma vez, e lutarei várias e várias vezes. Mesmo que isso signifique minha morte.
— Eu sei que você vai, amor. — Dumbledore ignorou a dor em seu coração com as palavras dela. Ele sabia que era verdade. Deanna morreria antes de deixá-los vencer. Dumbledore pegou sua filha em seus braços e suspirou. — Eu te amo, pequena fênix.
— E eu também te amo, pai. — Deanna o abraçou de volta com a mesma força, feliz por ter seu pai ao seu lado. E ela só tinha que esperar mais algumas semanas antes que eles estivessem juntos em Hogwarts novamente. Ela amava Aberforth e Ariana, mas estar com seu pai era diferente.
Dumbledore piscou para conter as lágrimas enquanto acenava para sua filha que voltou para o Cabeça de Javali. Ele sabia que não havia chance alguma, mas não conseguia deixar de ter esperança. Esperança de que o destino fosse gentil com Deanna Dumbledore.
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— O que? Ela estava aqui e você não pensou em me contar? — Hermione olhou feio para Harry e Ron, que riram alto da reação de Hermione. Harry tinha acabado de contar a eles o que aconteceu algumas horas atrás, e Hermione se sentiu traída por não poder ver Deanna. Ela não conseguia evitar o sentimento. Ela sentia tanta falta da garota que as cartas de Deanna a fariam sentir ainda mais falta do texugo. Seus sentimentos continuaram crescendo e tudo o que ela queria fazer era beijar Deanna e confessar seus sentimentos.
— E você sabia? Dudley gosta de Deanna. — as palavras escaparam da boca de Harry, e ele percebeu que não deveria ter dito aquilo porque o olhar que Hermione dirigiu a ele era absolutamente assassino. E Harry não se sentia realmente como O Menino Que Sobreviveu naquele momento.
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